Beatriz do ‘BBB 24’ vendeu as próprias roupas para pagar R$ 2 mil por mês em curso que formou Mariana Ximenes

Samantha Perlanovx
By Samantha Perlanovx 3 Min Read
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Quando era criança, Beatriz Reis era tão espevitada e acelerada que a mãe achou que a filha tivesse algum problema. A levou num médico que diagnosticou: “Sua filha nasceu para brilhar”. Não por acaso o maior sonho da ex-camelô era ser uma atrizz famosas. Famosa ela já é por conta de sua entrada e, quem sabe, permanência no “BBB 24” após o paredão desta terça-feira, 16. Atriz ela também é. Falta só juntar os dois, resultado de muita labuta.

Como a família não tinha recursos para matricular a garota num curso de teatro regular, Beatriz ia fazendo os que apareciam na comunidade em que vivia em Guarulhos, na Grande São Paulo. “O problema é que sempre acabavam do nada porque as crianças se desinteressavam e eu tentava formar turmas para que os projetos voltassem”, contou ela num podcast do Brás, bairro em que trabalha fazendo publi de lojas.

Beatriz tanto fez que aos 14 anos conseguiu entrar para a Escola Célia Helena, em São Paulo, celeiro de nomes famosos no teatro e TV como Mariana Ximenes, Marcos Mion, Bianca Bin, Antônio Calloni, entre outros. “Passei no processo seletivo, mas e o dinheiro? Meus pais pararam de construir a casa para me ajudar a pagar, não botaram a porta que queriam em casa, a gente dormia no chão, vendi as minhas roupas na rua e me virava. Mas sempre juntos”, enumerou. Por mês, a escola de teatro custa em média R$ 2 mil.

Foi o trabalho nas ruas que ajudou Bia a cumprir sua meta e se formar no curso profisionalizante. Hoje ela tem DRT e sonha com oportunidades como a que teve em 2018, quando levou para os palcos a primeira peça de sua autoria, “O jogo vira”: “Quando fui montar na escola, alguns professores me repreenderam, onde já se viu eu fazendo peça falando de tráfico de drogas, armas no palco… Mas depois, quando viram o resultado, me agradeceram”.

Na época, mal se tinha figurino. Arma então, er de papelão. “Eu tinha uma barraquinha em frente ao mercado e vi lá umas caixas, pedi para levar. O homem achou que eu ia pegar só três, peguei tudo o que tinha e consegui fazer as armas de papel, o cenário…”, recordou. Em 2018, ela conseguiu encenar o texto no Teatro Augusta por uma semana.

“Eu não sei como, mas se tem uma coisa que eu sei fazer é dar a volta por cima. cada não que eu recebo epenso: ‘vou conseguir um sim'”. O não é meu combustível”.

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