“Você pode ir”, disse mãe da menina quando viu que ela iria morrer, como conta Ana Carolina em entrevista no longa que chega ao serviço de streaming em 17 de agosto
A Netflix anunciou, nesta terça-feira (1º), a data de estreia de “Isabella: O Caso Nardoni” e liberou o primeiro trailer do documentário, que chega à plataforma em 17 de agosto, sobre um crime que chocou o país há 15 anos.
A produção analisou mais de seis mil páginas de processo, gravou 118 horas de entrevistas e reuniu mais de 5 mil itens de arquivo fotográfico vindo da mídia e do acervo da família. Entre as entrevistas estão a da mãe e dos avós maternos da criança.
No trailer, um trecho da entrevista concedida pela mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, é revelado.
“Quando eu realmente vi que ela não tinha sobrevivido, a única coisa que eu consegui falar no ouvido dela foi: ‘Você pode ir. Vai em paz, que eu vou cuidar de tudo que aconteceu aqui’”, diz.
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni / Divulgação/Netflix
Um dos diretores do projeto, Claudio Manoel, ex-“Casseta & Planeta”, destacou que a produção “traz reflexões sobre a nossa sociedade, sobre a justiça criminal – na verdade, sobre o nosso sistema como um todo – e ainda sobre o sensacionalismo”.
“Além, é claro, de resgatar uma história que não pode ser esquecida. Essa garotinha poderia estar hoje aqui com a gente, aos 21 anos de idade, cursando uma faculdade, traçando seu futuro”, acrescentou.
O caso
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte de Isabella Nardoni / Divulgação/Netflix
Em 2008, o assassinato de Isabella Nardoni parou o Brasil. A menina de 5 anos foi arremessada pela janela do sexto andar de um prédio na zona norte da capital paulista
Enquanto a população, a mídia e mesmo as autoridades cobravam uma solução rápida e exemplar, a perícia trabalhou para encontrar material que contasse o que aconteceu.
Anna Carolina Jatobá foi condenada em 2010 pelo assassinato da criança. O então marido dela, Alexandre Nardoni – pai de Isabella – também foi condenado. Segundo entendimento aceito pela Justiça, o casal foi responsável pelo crime.
